• Sobre Ermira
  • Colunas
    • Aboios
    • Arlequim
    • Arranca-toco
    • Chapadão
    • Chispas
    • Dedo de prosa
    • Errâncias
    • Especial
    • Espirais
    • Florações
    • Margem
    • Maria faz angu
    • Matutações
    • Miradas
    • Mulherzinhas
    • Projeto Ensaios
    • NoNaDa
    • Pomar
    • Rupestre
    • Tabelinha
    • Terra do sol
    • Veredas
  • Contribua
  • Colunistas
  • Contato
  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter

ERMIRA

  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter
  • Sobre Ermira
  • Colunas
    • Aboios
    • Arlequim
    • Arranca-toco
    • Chapadão
    • Chispas
    • Dedo de prosa
    • Errâncias
    • Especial
    • Espirais
    • Florações
    • Margem
    • Maria faz angu
    • Matutações
    • Miradas
    • Mulherzinhas
    • Projeto Ensaios
    • NoNaDa
    • Pomar
    • Rupestre
    • Tabelinha
    • Terra do sol
    • Veredas
  • Contribua
  • Colunistas
  • Contato
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Luís Araujo Pereira em Florações Professor e escritor | Publicado em 2 de setembro de 2016

Luís Araujo Pereira
Professor e escritor
02/09/2016 em Florações

  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Google +
  • Compartilhar no WhatsApp
← Voltar

Cinco poemas de Alejandra Pizarnik

(Tradução de Luís Araujo Pereira)

[1]

SUEÑO

Estallará la isla del recuerdo

La vida será un acto de candor

Prisión

para los días sin retorno

Mañana

Los monstruos del bosque destruirán la playa

sobre el vidrio del mistério

Mañana

La carta desconocida encontrará las manos del alma

(La Última Inocencia, 1956)

…

 

SONHO

Rebentará a ilha da lembrança

A vida será um ato de candura

Prisão

Para os dias sem retorno

Manhã

Os monstros do bosque destruirão a praia

sobre o vidro do mistério

Manhã

A carta desconhecida encontrará as mãos da alma

 

[2]

EL MIEDO

En el eco de mis muertes

Aún hay miedo.

¿Sabes tú del miedo?

Sé del miedo cuando digo mi nombre.

Es el miedo,

el miedo con sombrero negro

escondiendo ratas en mi sangre,

o el miedo con labios muertos

bebiendo mis deseos.

Sí. En el eco de mis muertes

aún hay miedo

(Las Aventuras Perdidas, 1958)

…

O MEDO

No eco de minhas mortes

Ainda há medo.

Sabes tu o que é o medo?

Sei do medo quando digo o meu nome.

É o medo,

o medo com chapéu negro

escondendo ratos em meu sangue,

ou o medo com lábios mortos

bebendo meus desejos.

Sim. No eco de minhas mortes

ainda há medo.

 

[3]

6

ella se desnuda en el paraíso

de su memoria

ella desconoce el feroz destino

de sus visiones

ella tiene miedo de non saber nombrar

lo que no existe

(Árbol de Diana, 1962)

…

 

6

ela se despe no paraíso

de sua memória

ela desconhece o feroz destino

de suas visões

ela tem medo de não saber nomear

o que não existe

 

Filha de emigrantes judeus, Flora Alejandra Pizarnik nasceu em Avellaneda, cidade da grande Buenos Aires, em 29 de abril de 1936, e suicidou-se, aos 36 anos, em 25 de setembro de 1972. Antes de se mudar para a Europa, cursou filosofia, letras e jornalismo, sem, porém, concluir os seus estudos universitários.  De 1960 a 1964, viveu em Paris, onde trabalhou para a revista Cuadernos  e foi amiga de Julio Cortázar e Octavio Paz, que assina o prefácio de Árbor de Diana (1962). Fez cursos na Sorbonne e traduziu poesia francesa. A sua curta existência revela intensa atividade intelectual. É autora de uma obra original − que revela alta sensibilidade, preocupação formal e recorrência a certos temas −,  marcada por elementos românticos e surrealistas. Por causa de sua instabilidade psicológica, fez uso de anfetaminas e procurou ajuda na terapia psicanalítica.

 

[4]

POEMA

Tú eliges el lugar de la herida

en donde hablamos nuestro silencio.

Tú haces de mi vida

esta cerimonia demasiado pura.

(Los Trabajos y las Noches, 1965)

…

 

POEMA

Tu escolhes o lugar da ferida

onde falamos nosso silêncio.

Tu fazes de minha vida

esta cerimônia demasiadamente pura.

 

[5]

DEL OUTRO LADO

Años y minutos hacen el amor.

Máscaras verdes bajo la lluvia.

Iglesia de vitrales obscenos.

Huella azul en la pared.

 

No conozco.

No reconozco.

Oscuro. Silencio.

(Los Trabajos y las Noches, 1965)

…

 

DO OUTRO LADO

Anos e minutos moldam o amor.

Máscaras verdes sob a chuva.

Igreja de vitrais obscenos.

Vestígio azul na parede.

 

Não conheço.

Não reconheço.

Obscuro. Silêncio.

Fonte: Alejandra Pizarnick. Poesia Completa. Ana Becciú (Org.). 10a. ed. Barcelona: Penguin Random House, 2015. (Editorial Lumen).

Bibliografia

Além de prosa, ensaio e teatro, Alejandra Pizarnick escreveu os seguintes livros de poemas:

La Tierra más Ajena (1955); La Última Inocencia (1956); Las Aventuras Perdidas (1958); Árbol de Diana (1962); Los Trabajos y las Noches (1965); Extracción de la Piedra de Locura (1968); El Infierno Musical (1971).

 

Confira abaixo uma videomontagem, com a poetisa recitando um poema de Arturo Carreras:

 

Tag's: Alejandra Pizarnik, literatura, poemas traduzidos, poesia argentina

  • A lenda de Juan Tengonon

    por Luís Araujo Pereira em Espirais

  • Cinco poemas de Bruna Mitrano

    por Luís Araujo Pereira em Florações

  • “A morte não deveria ser um espetáculo em nenhuma circunstância”

    por Rosângela Chaves em Dedo de prosa

  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Google +
  • Compartilhar no WhatsApp

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário (cancelar resposta)

O seu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

ERMIRA
  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter