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Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Valbene Bezerra em Rupestre Jornalista | Publicado em 16 de março de 2019

Valbene Bezerra
Jornalista
16/03/2019 em Rupestre

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O mundo encantado de Tai Hsuan-An

Uma das mais belas exposições realizadas no Museu de Arte Contemporânea de Goiás em 2018 continua em cartaz. Diáspora, Convergências e Conexões – 40 Anos na Arte de Tai Hsuan-An  poderá ser visitada até o dia 31 de março.  O catálogo da mostra, uma oportunidade a mais para ver os grandes painéis, telas, xilogravuras, desenhos, esculturas, estudos e objetos criados pelo artista, será lançado no dia 19 de março (terça-feira), às 19 horas, no MAC, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, com entrada gratuita.  Aberta em dezembro do ano passado, a mostra celebra os 40 anos de atividades profissionais do artista, nascido na China.

Diáspora, Convergências e Conexões apresenta uma síntese do magnífico trabalho de Tai Hsuan. Antes da estreia em Goiânia, a exposição foi exibida no Museu de Arte de Sichuan, na cidade de Chongqing, na China. Fiel às suas raízes chinesas, Tai mantém-se antenado com tudo o que diz respeito a ela.   Conversa em mandarim dentro de casa com a mulher e as filhas, sintoniza os canais de TV chineses. “Vou sempre à China. Visito parentes e amigos, mantenho contato direto com o Instituto de Artes de Chongqing”, conta o artista. Exposições também fazem parte do programa de viagens.  Sua pintura onírica encanta os patrícios. “Minha pintura é diferente para eles. A paisagem e as cores são alegres. E um artista chinês fazendo arte tropical é inédito para eles”, diz.

Foto: Valbene Bezerra

Pinturas do artista remetem a lugares imaginários repletos de magia e beleza. Foto: Valbene Bezerra

As telas de Tai são um convite à contemplação. Devem ser apreciadas, absorvidas com calma e paciência. Seu trabalho remete a lugares imaginários repletos de magia, nos quais a beleza reina absoluta. Tons de roxo, verde, azul, amarelo vibram intensamente nas telas.  Como versos poéticos, os títulos de cada obra ressaltam ainda mais as deslumbrantes paisagens, os pássaros multicores, o frescor das cachoeiras:  Revoada no Vale do Sonho, Brisa do Amanhecer, Chuva na Cachoeira, No Frescor das Sombras, Pairando Sobre Folhas Trêmulas, Revoada Entre as Cores do Movimento são alguns dentre eles. Em dupla face, pintada na seda, o quadro  Dizem Que Aqui Vivem Fadas proporciona um emocionante mergulho dentro da paisagem.  Barquinhos de papel trazem de volta as brincadeiras infantis  em Chuva na Cachoeira.

Tai esclarece que as imagens captadas pelos seus pincéis jamais serão verdadeiras. Seu toque pessoal e a fusão das técnicas chinesa e brasileira que  tornam sua pintura extremamente original, livre, natural. O  grande destaque fica com a vivacidade das cores vibrantes em sintonia com a natureza dos trópicos. Não espere também ver figura humana ou paisagem urbana na obra do artista. Sua paixão é a paisagem que o cerca, do ecossistema extrai os tons, as formas, os detalhes. “Os chineses valorizam as tradições, e delas buscam inspiração”, ensina, ressaltando que as cores tropicais são sua maior influência da arte brasileira. “Os movimentos, as pinceladas, a gama enorme de cores, a diversidade formam o conjunto da minha obra.”

Foto: Valbene Bezerra

Cores tropicais explodem nas telas do artista, criando um forte impacto visual. Foto: Valbene Bezerra

Tai descobriu a pintura aos três anos ainda na China. Ele lembra que, quando criança,  construía seus próprios brinquedos. Todos eram feitos em madeira. As lembranças dessa época originaram Espírito de Pipa, uma imensa escultura em bambu, sisal e barbante, instalada no meio do salão principal do MAC, como se estivesse solta no ar.  Já o Jardim do Tai  reúne uma série de esculturas inspiradas nas sementes e nos animais do cerrado.  Os elegantes ideogramas chineses compõem o conjunto de obras expostas no mezanino do museu, espaço interessante para conhecer um pouco da cultura chinesa.

Crítico de arte, curador, professor e historiador, José Roberto Teixeira Leite afirma que “Tai nasceu na China e renasceu em Goiás, fascinado pelo cerrado, com suas araras, periquitos e papagaios, borboletas e beija-flores, girassóis, ipês-amarelos, as bananeiras, os fundos de quintal. Tudo isso ele viu, sentiu e assimilou. Tudo isso pintou, desenhou, gravou e esculpiu, sobre tudo isso meditou e inclusive escreveu livros. Sucedem-se assim, em sua produção, as sucessivas interpretações da natureza goiana”.

Inquietude

Aos 68 anos, Tai Hsuan-An  pinta todos os dias, várias telas ao mesmo tempo. Retoca, insere novos elementos, ressalta cores.  Muito bem instalado no condomínio Aldeia do Vale, o ateliê-refúgio projetado por ele  oferece a matéria-prima e a tranquilidade para quem não tem hora para começar ou parar de trabalhar.  Ali passa dias inteiros pintando, escrevendo, ouvindo o canto dos pássaros e o som do vento balançando as árvores.

Foto: Valbene Bezerra

Ideogramas chineses compõem uma das telas selecionadas para a mostra. Foto: Valbene Bezerra

Este é o mundo encantado de Tai, o menino que chegou ao Brasil com a família pelo Porto de Santos, nos anos 1960. Morou primeiro no interior de São Paulo, formou-se em Arquitetura, e depois optou por viver em Goiânia, onde encontrou seu lugar no mundo. Ainda na infância, seu talento nato  foi reconhecido pelo professor He Zhixiang. Em mensagem ao menino que concluía o ensino primário  na China, o mestre escreveu: “A maior felicidade é o resultado obtido pelo seu próprio esforço contínuo. Espero que se esforce com a sua inteligência para se tornar um grande pintor do século XXI e com seus pincéis traçar uma esplêndida vida”.

Foto: Valbene Bezerra

Jardim do Tai: esculturas inspiradas  nas sementes e nos animais do cerrado. Foto: Valbene Bezerra

Desde 2015, Tai é cidadão goiano. Um dos criadores do curso de Design da Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), substituiu Frei Nazareno Confaloni, na Faculdade de Belas Artes, posteriormente transformada em Faculdade de Arquitetura. Confaloni trouxe a arte moderna para Goiás. Formou uma geração inteira de grandes artistas goianos. Tai Hsuan trouxe na bagagem a delicadeza da arte milenar chinesa, firmando para sempre sua arte na terra goiá.  Professor de desenho, é  autor dos livros Desenho e Organização Bi e Tridimensional da Forma, Sementes do Cerrado e Design Contemporâneo, Ideogramas e a Cultura Chinesa, entre outros. Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, especialmente na China. Suas obras são muito bem recebidas pelo mercado de arte e compõem coleções importantes. “Não consigo guardar minhas obras. Pinto e logo elas vão embora”, revela o artista.

A exposição  Diáspora, Convergências e Conexões já foi vista por mais de três mil pessoas. Diariamente, estudantes de escolas públicas visitam a mostra e participam das oficinas de desenho e pintura ministradas pelo artista. Monitores estão à disposição para acompanhar os visitantes e prestar  esclarecimentos sobre a mostra. Recentemente, Tai Hsuan recebeu no MAC 25 índios de seis etnias e lugares diferentes do País, o que o deixou muito emocionado. “Um deles pediu para me dar um abraço, e disse que meu trabalho o deixou com saudade da terra dele”, revela o artista, que ama a cor intensa da fauna e da flora brasileiras.

Serviço 

Exposição: Diáspora, Convergências e Conexões – 40 Anos na Arte de Tai Hsuan-An

Até 31 de março

Local: Museu de Arte Contemporânea – Centro Cultural Oscar Niemeyer (Av. Deputado Jamel Cecílio, nº 4.490, Setor Fazenda Gameleira – Goiânia). Telefones: 3201-4923/4933

Horário:  9h às 17h (terça a sexta), 11h às 17h (sábado, domingo e feriado)

Entrada gratuita

Tag's: arte goiana, artes plásticas, Centro Cultural Oscar Niemeyer, China, esculturas, Museu de Arte Contemporânea de Goiás, pinturas, Tai Hsuan-An

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8 comentários em “O mundo encantado de Tai Hsuan-An”

  1. Px silveira disse:
    17 de março de 2019 às 09:38

    Goiás tem a felicidade de, ao lado de Gustav Ritter, frei Confaloni e Antônio Poteiro, ter acolhido grandes artistas internacionais, além dos nacionais não menos geniais DJ Oliveira e Cleber Gouveia!

    Responder
  2. Gilberto Viana de Paiva disse:
    17 de março de 2019 às 22:38

    Parabéns, você escreveu sobre a exposição do amigo T a i como se recitasse versos de uma bela poesia, é assim que eu vejo o trabalho dele e fiquei encantado como você o descreveu.
    Abraços.

    Responder
  3. Dinamar disse:
    18 de março de 2019 às 07:01

    Simplesmente maravilhosa esta exposição. Parabéns a Goiás por ter este grande artista.. Tai é uma pessoa especial no talento e sensibilidade. Parabéns a você grande mestre!

    Responder
  4. Elys Regina disse:
    18 de março de 2019 às 19:02

    Parabéns mestre! Muito orgulho de ter sido sua aluna!!!! Sucesso para você!!!!!

    Responder
  5. Priscilla Cunha Soares de Carvalho disse:
    19 de março de 2019 às 17:49

    A exposição é FANTASTICA e Tai é simplesmente GENIAL!

    Responder
  6. Helena Vasconcelos disse:
    21 de março de 2019 às 18:38

    É comovente ver a espetacular Arte de Tai, pessoa fantástica exemplo de humildade. Prazeroso ver a obra em sua plenitude. Parabéns a Valbene Bezerra pela excelente matéria. Gratificante

    Responder
  7. Maria Geralda disse:
    11 de abril de 2019 às 20:45

    Lamento, profundamente, ter perdido esta exposição tão bela conforme a reportagem descreve. A jornalista foi sensivel e delicada com um texto que despertou o interesse pela mesma..
    Agradeceria se informassem onde poderei visitar pelo menos parte da exposição, atualmente, em galeria ou em museu de Goiânia.

    Responder
    1. Rosângela Chaves disse:
      12 de abril de 2019 às 08:22

      Cara Maria Geralda, atualmente não há outras exposições programadas do artista. Mas acompanhe a página do Ermira Cultura no Facebook, que estamos sempre noticiando os eventos artísticos, incluindo mostras de arte, na cidade. Um abraço.

      Responder

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