• Sobre Ermira
  • Colunas
    • Aboios
    • Arlequim
    • Arranca-toco
    • Chapadão
    • Chispas
    • Dedo de prosa
    • Errâncias
    • Especial
    • Espirais
    • Florações
    • Margem
    • Maria faz angu
    • Matutações
    • Miradas
    • Mulherzinhas
    • Projeto Ensaios
    • NoNaDa
    • Pomar
    • Rupestre
    • Tabelinha
    • Terra do sol
    • Veredas
  • Contribua
  • Colunistas
  • Contato
  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter

ERMIRA

  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter
  • Sobre Ermira
  • Colunas
    • Aboios
    • Arlequim
    • Arranca-toco
    • Chapadão
    • Chispas
    • Dedo de prosa
    • Errâncias
    • Especial
    • Espirais
    • Florações
    • Margem
    • Maria faz angu
    • Matutações
    • Miradas
    • Mulherzinhas
    • Projeto Ensaios
    • NoNaDa
    • Pomar
    • Rupestre
    • Tabelinha
    • Terra do sol
    • Veredas
  • Contribua
  • Colunistas
  • Contato
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Gérard Emmanuel da Silva em Aboios Poeta e historiador | Publicado em 14 de novembro de 2018

Gérard Emmanuel da Silva
Poeta e historiador
14/11/2018 em Aboios

  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Google +
  • Compartilhar no WhatsApp
← Voltar

Neojiba: graça fraternal na Filarmônica de Paris

[Tradução de Luís Araujo Pereira e Rosângela Chaves]

Segunda-feira, dia 17 de setembro, a Orquestra Neojiba está na Filarmônica de Paris. Ela já veio ao local em 2016, mas esta nova visita é uma versão nova, em suma, com novos músicos, dos quais o mais jovem tem 13 anos. Ricardo Castro, o maestro, informa que a orquestra foi fundada no estado da Bahia, em 2017. O modelo é El Systema, vindo da Venezuela e cujo representante mais famoso é Gustavo Dudamel. E esses jovens músicos, dos quais muitos provêm de ambientes carentes, vão começar o concerto com um “pedaço de bravura”, a abertura dos Mestres Cantores, de Wagner.

Para dizer a verdade, eles ainda não estão prontos para a execução, uma vez que a obra exige virtuosismo e perfeição. Alguns músicos acompanham com dificuldade. Mas é tocando abaixo do seu próprio nível  que se pode alcançar, um dia, a excelência.

Em seguida, surge a lenda viva do piano, Martha Argerich, com um de seus “cavalos de batalha”, o concerto de Schumann. A orquestra se coloca a serviço desta artista que reinventa sempre a obra que ela interpreta, com o mesmo soturno e brilhante toque, a mesma linha de inspiração, quase improvisada, em que a profundeza do pensamento aflora sobre o teclado sem omitir potência e energia, nem mesmo uma malignidade ainda infantil. O seu triunfo é visível e o reconhecimento é pleno, tanto do público quando da orquestra: viva Martha! É belo escutar uma personalidade de tal envergadura, que já entrou na história da interpretação e da música, tocando com jovens músicos, animados, é verdade, pela mesma paixão. No bis, Castro, discípulo de Dominique Merlet, toca com Argerich, a quatro mãos, Mamãe gansa, de Ravel, cintilando infinitas memórias de infância.

A segunda parte inicia-se com a Abertura festiva, de Camargo Guarnieri. E a Orquestra Neojiba, imediatamente, mergulha no som da obra e na sua articulação. O que confirma Sensemayá, a obra-prima  de Silvestre Revueltas, obra sagrada que remete a Stravinsky, mas dentro do seu próprio mundo e de sua própria primitividade sofisticada. A festa começa, verdadeiramente, com a abertura cubana de Gershwin e o Mambo (de West Side Story) irresistível de Bernstein. Depois, Ricardo Castro deixa a orquestra sozinha, assegurando com um humor vindo de um humanismo profundo, a ponto de parecer indicar que o maestro é “uma profissão em vias de desaparecimento”.

É o momento final do famoso Danzon 2, de Arturo Marquez, a apoteose bem-vinda do concerto. Essa obra galvanizadora transcende a orquestra e os músicos fazem rodopiar violinos e violoncelos de acordo com as ondulações de um ritmo que mistura  melancolia e fúria salvadora. Dois bis brasileiros à escolha, Tico-tico no fubá, reviram músicos e público juntos, a duas mãos, para uma “sinfonia de adeus” irreverente, em que os músicos da orquestra saem de cena aos poucos, deixando a Filarmônica sob encantamento e na alegria compartilhada que tem o nome de Fraternidade.

Tag's: Bahia, Filarmônica de Paris, França, Orquestra Neojiba, Paris

  • Certo bar

    por Luís Araujo Pereira em Espirais

  • Águas femininas

    por Da Reportagem/Ermira em Veredas

  • Inúmeros, numerosos, infinitos números

    por Marília Fleury em Pomar

  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Google +
  • Compartilhar no WhatsApp

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário (cancelar resposta)

O seu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

ERMIRA
  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter