A música sedutora da ópera Carmen, de Bizet, embala o novo curta-metragem da diretora goiana Viviane Louise, Ópera Secreta. O filme marca a estreia na ficção da premiada documentarista e tem pré-estreia prevista para o início do próximo ano, assim que o Cine Cultura, que permanece fechado por conta da pandemia, reabrir as portas ao público.
Ópera Secreta aborda a solidão dos indivíduos nas metrópoles urbanas, um fenômeno que se aprofundou nestes tempos de pandemia, ao mesmo tempo em que destaca o poder da arte para aproximar as pessoas. A história do curta gira em torno de um estudante de Medicina, Alexandre, que mora sozinho no Centro de Goiânia e tem uma vida unicamente dedicada aos estudos, sem amigos e distante da família. Essa rotina solitária é interrompida quando ele passa a escutar na vizinhança uma mulher entoando árias como Habanera, da ópera Carmen.
Fascinado por aquela voz, o estudante procura desvendar quem é a cantora misteriosa e, na sua busca, se vê obrigado a sair do seu isolamento e a se relacionar com outras pessoas, como um morador de rua. Nessa sua jornada em busca da musa desconhecida – que ao final se revela uma mulher já madura, bem distante da imagem de uma beldade jovem que Alexandre idealizara –, ele passará por um processo de amadurecimento e autoconhecimento.
Para gravar Ópera Secreta, a diretora Viviane Louise escalou uma equipe com profissionais experientes do cenário artístico da cidade, a começar pela cantora Ângela Barra, o grande nome do canto lírico em Goiás, que empresa sua voz à artista misteriosa do filme. O premiado ator Rodrigo Cunha interpreta o morador de rua e a atriz e diretora Valéria Braga, que também cuidou da preparação do elenco, dá vida à cantora. Já o papel do estudante de Medina coube a um estreante, Guilherme Rodrigues.
O roteiro de Ópera Secreta foi escrito pela cineasta Jaqueline Farid, com diálogos de Farid Tavares, que também assina a produção. O restante da equipe é formado por Paulo Rezende (direção de fotografia); Paula Vandenbussche (produção executiva); Reinaldo Volpato (montagem); Wagner Gonçalves (direção de arte), Vitor Pimenta (som direto), Zele Volpato (desenho de som e mixagem) e Antônio Maciel (assistente de produção).
Viviane Louise já dirigiu os documentários Café com Pão Manteiga Não (2007), sobre as estradas de ferro em Goiás; Anjo Alecrim (2005), que enfoca a trajetória do violeiro e cantador Domá da Conceição; O Vento da Liberdade (2011), a respeito da vida dos ciganos no Estado, e A Dama do Cerrado e o Exércicito de São Francisco (2015), dedicado à vida e à obra da artista Yashira. Atualmente, a diretora está envolvida com o projeto de filmar seu primeiro longa-metragem, Joana Boba, que será ambientado na cidade de Goiás.
Obrigada pela divulgação deste filme. Aguardando para assistir! Excelente!