Não tem pra ninguém. O Brasil, claro, não vai fazer no Rio de Janeiro uma edição qualquer dos Jogos Olímpicos. Gigante pela própria natureza, o País quer inovar, inventar, variar! Para isso, propôs diversas novas modalidades para serem disputadas, nas quais, claro, tem grandes chances de ficar com as medalhas de outro, prata e bronze. Caso aprovadas, entrarão para o calendário olímpico os seguintes esportes:
Lançamento de obra inacabada
Esse negócio de lançar martelo e dardo é coisa para fracos. No Brasil, lançamos pontes, estradas, aeroportos, tudo sem término definido e com orçamento cheio de aditivos. O Comitê Olímpico Internacional até aceita debater a questão, mas já avisou que não vai permitir o lançamento de novas duplas sertanejas goianas. “Isso vai contra a Convenção de Genebra dos Direitos Humanos”, justificou.
Saldo à Distância
Não, você não leu errado. É Saldo à Distância mesmo. Tendo como patronos políticos que mantêm contas não declaradas lá fora, a modalidade promete muita disputa. O favorito é um ex-presidente da Câmara que já mostrou talento tendo 13 saldos secretos em que é usufrutuário. Um ex-prefeito paulista, porém, ameaça o ouro do colega. Aliás, teme-se que todas as medalhas sejam roubadas.
Luta coxa-mortadela-romana
Variação da tradicional luta greco-romana, os competidores entram no tatame devidamente uniformizados: um com a camisa da Seleção Brasileira e o outro com uma camiseta do Che Guevara. As regras básicas são: vale dedo no olho e chute nas partes baixas. Sim, vale tudo! Ao lado, as torcidas organizadas, munidas de smartphones, ficarão se ofendendo nas redes sociais.
Troca de mesa
Ao invés de dois orientais trocando raquetadas furiosas em uma partida de pingue-pongue, a nova modalidade vai mostrar presidentes trocando de mesas. A titular vai para o banco e fica na mesa mais baixa, enquanto o que era reserva sai de sua mesa no Jaburu e ocupa a mesa do Planalto. Até que alguém tome a mesa dele, quando o jogo começa de novo. Pode ficar meio monótono, viu.
Boliche de políticos
Só pode jogar quem tiver gravações clandestinas ou uma delação premiada bombástica a fazer. Senadores, deputados e ministros são enfileirados no final da pista e contra eles é jogada uma bola, apelidada de Lava Jato, que sai derrubando todo mundo. A ideia é que não pare um pino sequer com imunidade parlamentar e foro privilegiado em pé. Poderá ser o esporte mais popular dos Jogos.