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Foto: Divulgação
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Rogério Borges em Terra do sol Jornalista e professor | Publicado em 22 de fevereiro de 2017

Rogério Borges
Jornalista e professor
22/02/2017 em Terra do sol

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A dor e a delícia de ser quem é

O filme Lion – Uma Jornada para Casa, que concorre em 6 categorias no Oscar deste ano, tem alguns predicados irresistíveis. A fotografia das primeiras cenas são um belo cartão de visitas. O menino que ocupa a tela em 40% da produção é uma daquelas figuras apaixonantes, um prodígio infantil que passa enorme verdade em sua interpretação. O enredo, baseado em um fato real, explora bem a história, ainda que o roteiro em si contenha lá suas barrigas e momentos em que se presta a encher linguiça. Mas, no cômputo geral, a obra consegue seu maior propósito: emocionar.

A história tem no elenco o nome consagrado de Nicole Kidman e os jovens e ascendentes astros Rooney Mara (já indicada duas vezes ao Oscar) e o neogalã Dev Pathel (o menino do fenômeno indiano Quem Quer Ser Um Milionário?). Todos esses currículos, porém, cedem espaço ao que se conta e ao que se mostra. Metade do filme se passa na Índia, onde um menino muito pobre acaba se perdendo do irmão mais velho e entrando em um trem que o leva a Calcutá, a 1.600 km de distância de sua casa. A partir daí, a criança passa por poucas e boas, numa denúncia contundente dos horrores que a miséria pode proporcionar, com toda sorte de violências e desamparos.

O pequeno Saroo, interpretado pelo ator-mirim Sunny Pawar: estupendo no papel

Pequeno Saroo, interpretado pelo ator-mirim Sunny Pawar: estupendo no papel. / Foto: Divulgação

O destino leva o garoto chamado Saroo a ser adotado por uma família da Austrália, mas a mudança de continente não o faz esquecer de seu passado. Em uma cena nitidamente proustiana, ele vê na casa de amigos uma fritura típica de sua região natal e isso o perturba. Reminiscências voltam como uma avalanche a soterrá-lo. A partir daí, começa uma saga para reencontrar a família biológica, o que agrava problemas em seu clã adotivo. Todos os atores defendem muito bem seus papéis, sobretudo o elenco indiano. O pequeno Sunny Pawar segura a primeira parte do filme praticamente sozinho. O ator que interpreta seu irmão Guddu, Abhishek Bharate, ainda que apareça menos, também faz bonito, dosando inocência, culpa e desesperança.

Na segunda metade, o astro Patel (que na verdade nasceu em Londres) demonstra crescimento em sua atuação, ainda que a direção do estreante Garth Davis não o ajude. Se na parte indiana o diretor acerta na mosca ao explorar cenários naturais e humanos, ele depois perde a mão, escorregando para clichês e recorrendo excessivamente ao cansativo e manjado recurso de misturar cenas do presente e do passado que tenham algum elemento em comum. Assim, crianças brincando no rio na infância de Saroo dialogam com o próprio protagonista, já homem feito, mergulhando em algum lugar; as montanhas da sua nova casa se parecem com o relevo de suas lembranças de menino.

Dev Patel e Rooney Mara: astros em ascensão em Hollywood

Dev Patel e Rooney Mara: astros em ascensão em Hollywood. / Foto: Divulgação

O diretor também se deixou levar pela fotogenia do ator. Muitos closes exigem demais de Patel, que não tem um papel à mão que lhe permita variar tanto assim nas expressões. Seu visual largadão, de barba e descabelado, marca ainda mais sua imagem na telona e tantas tomadas iguais dão ao público uma incômoda sensação de déja vù. A incrível história, porém, compensa essas fragilidades. Afinal, é uma odisseia clássica, só que envolvendo um menino muito novo para sequer dimensionar essa experiência traumática.

Um outro ponto nevrálgico de Lion é o papel que a maternidade exerce no destino de todos, visto em diferentes prismas. Ele leva a reflexões interessantes sobre dedicação, resiliência e abdicação. O filme está em cartaz todos os dias até o final da mostra, no dia 1º de março, nos Cinemas Lumière do Shopping Bougainville. É uma das melhores produções da programação? Não, não é. Mas tem seus encantos e revela que para muitos a maior viagem possível é aquela que se faz para dentro de si mesmo.

Serviço

Evento: 10ª Mostra O Amor, A Morte e As Paixões

Atração: 100 filmes de 33 países

Período: Até 1º de março

Local: Cinemas Lumière (Shopping Bougainville) – Rua 9, Setor Marista

Ingressos: R$ 13,00 (valor único para compra unitária); Passaporte Bronze, com 10 ingressos (R$ 120,00); Passaporte Prata, com 20 ingressos (R$ 220,00); Passaporte Ouro, com 30 ingressos (R$ 300,00); Filiados ao Sindicato dos Professores (Sinpro) e à Associação dos Docentes da UFG. (ADUFG) pagam R$ 10,00.

Importante: Os passaportes são individuas e intransferíveis

Informações: cinemaslumiere.com.br/mostra

Tag's: cinema, Lion, Mostra O Amor A Morte As Paixões, Oscar 2017

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