O episódio do assédio sexual cometido pelo ator José Mayer contra uma figurinista da Rede Globo, que gerou um movimento até entre suas colegas de trabalho, o #MexeuComUmaMexeuComTodas, revela que esse tipo de conduta criminosa está espalhada na sociedade, inclusive no universo das celebridades. Ermira relembra astros do cinema e da música que também já avançaram o sinal, transformando galanteios e flertes em verdadeiros constrangimentos e até agressões.
Estupro em cena
Uma das tomadas mais famosas do cinema – a cena em que Marlon Brando, à base de manteiga, faz sexo anal com Maria Schneider em O Último Tango em Paris – escondia algo terrível. O diretor do longa, Bernardo Bertolucci, revelou que nada daquilo havia sido ensaiado. Sequer a atriz fora avisada sobre o que aconteceria. Intimidada pelo mito Brando, a jovem Schneider, então com apenas 19 anos, deixou-se dominar pelo experiente ator. A revelação gerou repulsa em Hollywood.
Bon Jovi levou toco de Bruna Lombardi
Ídolo de 10 entre 10 adolescentes nos anos 1990, o cantor John Bon Jovi estava no auge quando concedeu entrevista exclusiva a Bruna Lombardi, que apresentava o talk show Gente de Expressão na extinta TV Manchete. Encantado pela beleza estonteante da apresentadora e atriz, ele não resistiu e disse: “Eu gastaria uma grana para te fazer feliz”. A resposta veio na lata: “Eu não preciso de dinheiro de homem algum para ser feliz. Tenho minha própria carreira e dinheiro suficiente.”
Vin Diesel todo engraçadinho
Em outra entrevista, foi a vez do astro de ação Vin Diesel, da franquia Velozes e Furiosos, colocar as asinhas de fora. Ocorreu no encontro dele com a youtuber Carol Moreira no lançamento da nova sequência do filme Triplo X. “Deus, como você é linda!”, exclamou. “Quando isso deixou de ser uma entrevista e se transformou em ‘eu te amo’?”, perguntou. Na hora, a moça apenas riu, mas depois ela postou um vídeo reclamando da postura do ator. Vin Diesel precisou se desculpar.
Vencedor do Oscar sob suspeita
Casey Affleck, que faturou o Oscar de Melhor Ator em 2017 pelo trabalho em Manchester À Beira Mar, precisou fazer um acordo com a produtora e a diretora de fotografia do filme Eu Ainda Estou Aqui, do qual era diretor. Ambas o acusavam de assédio sexual. O irmão caçula de Ben Affleck traz essa mácula consigo. Prova disso é que na cerimônia do Oscar, a atriz Brie Larson, conhecida militante pelos direitos das mulheres, entregou-lhe o prêmio, mas recusou-se a aplaudi-lo.
Os gênios não escapam
Grandes diretores de cinema carregam em suas biografias episódios nada abonadores. Charles Chaplin preferia meninas mais novas – muito mais novas. Duas de suas mulheres, ao se casarem com ele, tinha menos de 18 anos. E sempre houve rumores de que ele tinha uma queda até por crianças, o que lhe valeu um exílio na Europa. Já Roman Polanski não pode entrar nos EUA desde 1977 por ter sido condenado por estupro de uma menina de 13 anos. Ele sempre negou a acusação e ainda hoje tenta suspender a pena, mas seu mandado de prisão continua valendo nos EUA. Woody Allen também entra nesta lista. Além de assédios em sets, seu romance com a própria enteada, iniciado quando ela era apenas uma adolescente, ainda hoje causa perplexidade.