Mãe é tudo igual, só muda o endereço! Olha, não é bem assim… Personagens do cinema, do teatro e da TV revelam que há mães totalmente diferente do modelo tradicional. Conheça algumas delas:
Medeia
Fruto de personagem mitológica que era uma bruxa vingativa, Medeia é a protagonista de uma das mais clássicas tragédias gregas. No texto de Eurípedes, ela é filha de Eeetes, Rei de Cólquida, e esposa de Jasão. Creonte, Rei de Corinto, convence Jasão a deixar Medeia para se casar com sua filha, uma princesa. Para se vingar, Medeia envenena Creonte e a filha e assassina os próprios filhos para atingir Jasão. No teatro, Fernanda Montenegro já deu vida a Medeia. No cinema, é antológica a interpretação de Maria Callas (foto) no filme de Pier Paolo Pasolini.
Comédias
Hollywood adora brincar com a figura materna em situações, digamos, nem tão maternais assim. Jogue A Mamãe do Trem, por exemplo, é uma das comédias de humor negro mais famosas dos anos 1980, com o hilário Danny DeVitto tentando, de todas as maneiras, livrar-se de sua progenitora, uma velha rabugenta e opressora. No Brasil, o sucesso dos dois filmes Minha Mãe É Uma Peça, com Paulo Gustavo (foto), atesta a eficiência da fórmula. Fenômeno do teatro, esta mãe que pega no pé dos dois filhos conseguiu o posto de maior bilheteria da história do cinema nacional.
Dramas
O outro lado também existe. O drama está garantido com mães que despejam todo seu rancor e suas frustrações em cima dos filhos. Recentemente, Meryl Streep deu vida a uma personagem assim no filme Álbum de Família. Ela interpretava uma mulher doente e amargurada que reunia em torno de si um núcleo familiar problemático, tendo atitudes agressivas e irônicas com todos. A dobradinha dela com Julia Roberts – que interpreta na produção a filha mais velha e que chega a dar um tabefes na mãe – rendeu às duas indicações ao Oscar.
Parafusos a menos
Série cômica de grande popularidade na TV americana, Mom (foto) trata de uma relação muito maluca – e engraçada – de uma mulher de meia-idade (interpretada pela sempre excelente Alisson Janney) e sua filha que, por sua vez, é mãe solteira de uma adolescente igualmente complicada. As três gerações invertem os papeis, com a avó botando pra quebrar e a filha tentando fazer o mesmo, mas sem conseguir. Pela mesma trilha do politicamente incorreto, a série The Middle mostrava uma mãe de filhos exóticos que até tentava ser mais convencional, sem sucesso.
Novelas
Se ser mãe é padecer no Paraíso, em várias novelas brasileiras isso também significa fazer algumas vilanias. Exemplo maior é a Nazareth (Renata Sorrah), de Senhora do Destino, que roubou uma criança e em nome deste amor meio torto fez de um tudo, até matar. Ela não está só. A arqui-vilã Odete Roitman (Beatriz Segall) não deixava passar barato os porres da filha alcoólatra e manipulava a vida amorosa do filho. Em outras novelas, como Por Amor, Rainha da Sucata e Avenida Brasil, as megeras de plantão não se faziam de rogadas, rejeitando e envergonhando os filhos sem culpa.