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Foto: Divulgação
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Bruno Rocha Lima em Maria faz angu Jornalista | Publicado em 20 de junho de 2016

Bruno Rocha Lima
Jornalista
20/06/2016 em Maria faz angu

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Vai um torresminho aí?

Um amigo me disse uma vez que “torresmo é vida”. É uma colocação que resume com um humor cínico o contraste do mal que o petisco faz à saúde na comparação com o prazer libertário que proporciona para quem o aprecia. Bomba calórica e um entupidor de artérias de primeira, a pele do porco frita quase foi banida há alguns anos dos cardápios de muitos bares, numa época em que a sociedade ocidental travava uma verdadeira guerra contra a comida não saudável, tendo o McDonald’s como símbolo maior da junk food (comida lixo, numa tradução literal). O torresmo estava lá nos cardápios, mas era uma espécie de patinho feio fazendo mera figuração.

Só que vivemos hoje um processo de flexibilização dos hábitos alimentares que também tem o McDonald’s como um dos maiores símbolos (ou vítima, dependendo do ponto de vista). Enquanto o precursor do fast food vem nos últimos anos perdendo clientes na mesma proporção que se esforça para limpar sua imagem de vilão da obesidade mundial apostando em opções saudáveis no cardápio, o concorrente Burger King cresceu nesse mercado seguindo a via oposta, acrescentando fatias de bacon e várias camadas de hamburguer em seus produtos a cada nova Mc Salada que era lançada.

Baseado na autoindulgência das pessoas na hora de cometer o pecado da gula, o Burger King apostou na prevalência do sabor sobre o saudável e viu crescer sua operação mundial enquanto o concorrente amarga números negativos nos últimos anos. Observamos hoje uma atitude com relação à comida que até valoriza alguns excessos, se realizados com parcimônia, em momentos especiais, especialmente fora de casa. Uma materialização mais precisa deste cenário talvez seja o status alcançado pelas hamburguerias gourmet e sua celebração à carne processada, em especial o bacon. Eram o terror. Agora são, para muitos, a redenção após uma semana de moderação alimentar.

Onde comer torresmo em Goiânia

Tainá-Kan (Av. T-1 c/ Av. T-8, Setor Bueno)
Bar Glória (Rua 101, Setor Sul)
Breguelas (Rua 106, Shopping Center Sul, Setor Oeste)
Celsin & Cia (Rua 22 c/ Rua 15, Setor Oeste)
Paim (Alameda Ricardo Paranhos, Setor Marista)

Esta flexibilização pode ser o que abriu as portas para o ressurgimento do torresmo como referência da gastronomia de boteco. Pelo menos garçons que consultei afirmam que de uns tempos para cá a saída do prato tem sido maior e minhas observações in loco apontam a mesma coisa. Não sou exatamente um expert no petisco, que me permito comer só de vez em quando, mas como esse espaço não é para especialistas, arrisco algumas dicas. Dos que já experimentei, o Tainá-Kan é o que atualmente oferece o melhor torresmo. Custa R$ 22, serve até cinco pessoas (a não ser que você pretenda literalmente jantar torresmo, o que eu e seu cardiologista não recomendamos de jeito nenhum) e se tornou um dos carros-chefe da casa, a ponto de se esgotar em algumas noites mais movimentadas.

A maior vantagem que enxerguei no petisco do Tainá-Kan: oferece uma proporção maior de carne em relação à banha; ou seja, é menos gordo (me recuso a falar “mais magro”). O torresmo do Glória, um dos bastiões da iguaria nos períodos da patrulha anticolesterol, também merece aplausos pela crocância. O do Breguelas, mais gordo que a média, é recomendado para os mais fortes, mas tem um público cativo, assim como o do Celsin & Cia e o do Posto 15. O do Paim também é referência entre os botequeiros, mas confesso que nunca provei.

Foi curioso outro dia observar no Tainá-Kan uma turma de amigos que, pelos trajes e porte físico, tinham acabado de sair de uma sessão intensa de malhação, destruindo sem culpa uma porção de torresmo e discutindo o quanto aquilo fazia bem ao espírito. A disciplina da boa alimentação às vezes se torna estressante e boteco é lugar para aliviar o estresse, ponderou um deles. É por aí.

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