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Foto: Divulgação
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Valbene Bezerra em Arlequim Jornalista | Publicado em 20 de julho de 2016

Valbene Bezerra
Jornalista
20/07/2016 em Arlequim

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Arte de corpo inteiro

Desde 2014,  quando teve início, a Manga de Vento –  Mostra de Dança Expandida trouxe para Goiânia dezenas de espetáculos de alto nível. Bailarinos brasileiros e estrangeiros têm tido oportunidade de mostrar todo seu potencial criativo em palcos convencionais e alternativos , e os espectadores de assistirem a espetáculos  que dificilmente chegariam por aqui. A experimentação tem sido uma das marcas das coreografias de dança contemporânea, levantando questionamentos e muita admiração.

Por trás da Manga de Vento, há produtores antenados com tudo o que ocorre na dança no Brasil e no mundo. Professor, coreógrafo e bailarino, Kleber Damaso é um desses produtores, que estão sempre em busca do novo. A edição 2016 que começou em abril estreou com Anatomia do Cavalo, solo inquietante de Marcos Moraes, agora em cartaz em São Paulo.  Em junho vieram Desmonte, de Juliana Moraes, e Ouriço, de Leo França. Sucesso total no Sesc Centro e no Centro Cultural UFG.

Nesta quinta-feira, dia 21, a Cia. Daniel Abreu, de Madri (Espanha), apresenta Cabeza, no Teatro Sesc Centro, cujo enfoque principal é a construção-destruição. Um lugar de começo e ao mesmo tempo de fim.  Criada em 2004, a companhia tem amplo repertório de coreografias. Conquistou as mais importantes premiações em festivais e participou de mostras na Espanha e no exterior.

Na sexta-feira, dia 22, o grupo espanhol apresenta ao público a coreografia Animal, no Teatro Sesi.  Elaborado por Daniel Abreu, o espetáculo explora situações primitivas e animalescas.

A Manga de Vento  –  Mostra de Dança Expandida nasceu dentro da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG, onde Kleber Damaso é professor. Patrocinada pelo Fundo de Arte e Cultura de Goiás, Lei Goyazes de Incentivo à Cultura e Lei Municipal de Incentivo à Cultura, prima pela diversidade de propostas na área da dança contemporânea, e oferece espetáculos de qualidade a um público ávido pelas novidades, pelo diferente.  Até novembro, estarão em cartaz 8 dos 13 espetáculos convidados de 2016.

No começo do mês, no dia 7 de julho, a Cia. Vidança, do bailarino e coreógrafo Marcos Abranches, de São Paulo, ocupou o palco do Teatro Sesc Centro com um solo arrebatador.  Inspirado no artista plástico irlandês Francis Bacon, o espetáculo mescla dança e artes plásticas.   Portador de coreoatetose, doença rara decorrente de uma lesão cerebral, que se manifesta a partir de movimentos involuntários, intermitentes e irregulares da face e dos membros, Abranches usa o corpo inteiro para fazer belas-artes. Na verdade, uma imensa tela com tinta guache sobre papel em cores vibrantes. 

Foto: Catarina Santos

Marcos Abranches em cena. Foto: Catarina Santos

O bailarino  já está em cena quando os espectadores entram no teatro. Move os braços descontroladamente, as pernas, a cabeça sem parar. A música é intensa, agita todo o ambiente como se seguisse cada movimento do bailarino, que fuma agitado como se esperasse alguém. Em uma pequena pausa, senta-se em uma mesa, onde há uma taça e uma garrafa de vinho. Pressupõe-se que vai beber.

De repente, o artista derrama o líquido sobre a camisa branca, a calça do terno escuro que vestia. O aroma do vinho recende em toda a sala, misturado ao tabaco.  O cavalete o espera a um canto. Tintas de variados tons  o aguardam em pequenos potes prontas para serem usadas. Como se fosse um enorme pincel, o bailarino vai se lambuzando de tinta no chão em movimentos descontrolados, dramáticos, formando enormes manchas coloridas na grande tela que é o palco.  Puro encantamento.

Apesar das limitações, Marcos Abranches, 39 anos, mostra grande sensibilidade artística. Sente-se inteiramente livre no palco. “Sou livre para o silêncio das formas, das cores na riqueza de pintar uma obra. As cores são vida. Podemos ser mais coloridos na forma de pensar”, afirma o artista, que se expressa com dificuldade. Em coprodução com a Associação Paulista dos Amigos da Arte, elaborou o espetáculo que estreou em São Paulo em 2014.

Marcos Abranches iniciou a carreira  incentivado pelo coreógrafo e diretor Sandro Borelli. Com a companhia de Borelli dançou várias coreografias. Participou de festivais no Brasil e no exterior, ganhou premiações importantes. Corpo Sobre Tela foi considerado pelo jornal Folha de S. Paulo um dos melhores de 2014. Merece muito ser visto.

Programa

21/7 – Cabeza, Cia. Daniel Abreu  (Madri/Esp), Teatro Sesc Centro

22/7 – Animal, Cia. Daniel Abreu (Madri/Esp), Teatro Sesi

11/8 – OE, Eduardo Okamoto (SP), Teatro Sesc Centro

14/9 – Debarías Quedarte, Provisional Danza, Teatro Basileu França

15/9 – Uma Mirada Sutil, Provisional Danza, Teatro Basileu França

12 e 13/10 – Buraco, Elizabeth Finger, Teatro Sesc Centro

27 e 28/10 – Danse Étoffeé Sur Musique Déguisée, Zoo-Thomas Hauert, Centro Cultural UFG

24/11 – Side Effects, Anton Lachky Company, Teatro Sesc Centro

 

 

 

Tag's: coreografias, dança, Manga de Vento

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