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Foto: Rosângela Chaves
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Da Reportagem/Ermira em Florações Da Reportagem | Publicado em 29 de setembro de 2016

Da Reportagem/Ermira
Da Reportagem
29/09/2016 em Florações

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Cinco poemas de Luís Araujo Pereira

[1]

Poema 2

A borboleta que voa hesitante, linda

tão colorida e embriagada de pólen

de sol, de cores, de luz, de pétalas

não tem entre as colunas

da varanda onde adeja

um espelho pra se mirar

 

Um dia desses,

essa borboleta

−  quem diria! –

era apenas uma larva

em hibernação

no canto escuro da parede

 

Uma crisálida

dentro da qual

dormia um inseto

 

−  que se tornaria

após longo sono

uma fada

coberta de purpurinas

 

[2]

Poema 4

Naquela rua

Ninguém

era mais triste

que a moça do 56

 

Uma moça

que chorava

como os cinamomos

 

E a sua dor

era enorme

−  maior do que

a de Maria

 

Porque

havia um rei

−  um rei de Ruão –

que iria levar

um lenço

nem de seda

nem de algodão

mas do mais fino tecido

feito com as folhas

de chá do Sri Lanka

 

Se esse rei

chegasse logo

agora mesmo

amanhã cedinho

a sua tristeza

terminaria

 

Mas

como muitos reis

esse de Ruão

também não chega não

 

[3]

Poema 29

Todos os dias

no Cerrado

árvores

são derrubadas

por serras

de dentes afiados

assim como

outrora

os búfalos

das pradarias

norte-americanas

foram abatidos

um depois dois

por rifles

de mira

calibrada

 

[4]

Poema 31

Da janela do meu quarto

vejo o jardim entardecer

 

A goiabeira, a buganvília

o coqueiro, as bromélias

−  plantas que esperam

os insetos da noite,

e os sonhos que chegam

entre as sombras

pisando leves, leves

 

[5]

Poema 34

Toda vez

que penso

em Paris

a Poesia

abre uma garrafa

de Pommery

(Extraídos do livro Garatujas, 2016)

Ouça quatro poemas do livro Garatujas, de Luís Araujo Pereira, na voz do ator Newton Murce:

Perfil

Luís Araujo Pereira publicou Ofício Fixo (1968, Editora Oió, Prêmio da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos), Linhas (1994, Coleção Vertentes, Editora UFG), Minigrafias (2009, Cânone Editorial)  e Poésie Pour Dire Moins (2013, Coleção Levée d’Ancre, Editora L’Harmattan). Escreveu ainda os seguintes livros, todos inéditos: Pererê: Une Bande Dessinée Brésilienne ? Quelques Propositions sur les Codes Graphique, Analogique et Narratif (dissertação de mestrado, EHESS, Paris, 1976), Naquela Noite (contos), Entre as Folhas do Jardim (crônicas), Adeus, Dog (contos) e rasoquasefundo (poemas).

Tag's: Garatujas, literatura, Luís Araujo Pereira, poesia de Goiás

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Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

2 comentários em “Cinco poemas de Luís Araujo Pereira”

  1. Soraia disse:
    30 de setembro de 2016 às 17:17

    Leio e releio todas e ainda não sei de qual gosto mais

    Responder
  2. Eduardo veloso rahal disse:
    1 de outubro de 2016 às 06:35

    Querido Luis,
    Do pouco que li,bateu a vontade do relógio pular as horas para devorar Garatujas!!!muito lindo!!!

    Responder

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