• Sobre Ermira
  • Colunas
    • Aboios
    • Arlequim
    • Arranca-toco
    • Chapadão
    • Chispas
    • Dedo de prosa
    • Errâncias
    • Especial
    • Espirais
    • Florações
    • Margem
    • Maria faz angu
    • Matutações
    • Miradas
    • Mulherzinhas
    • No Goiás
    • NoNaDa
    • Pomar
    • Rupestre
    • Tabelinha
    • Terra do sol
    • Veredas
  • Contribua
  • Colunistas
  • Contato
  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter

ERMIRA

  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter
  • Sobre Ermira
  • Colunas
    • Aboios
    • Arlequim
    • Arranca-toco
    • Chapadão
    • Chispas
    • Dedo de prosa
    • Errâncias
    • Especial
    • Espirais
    • Florações
    • Margem
    • Maria faz angu
    • Matutações
    • Miradas
    • Mulherzinhas
    • No Goiás
    • NoNaDa
    • Pomar
    • Rupestre
    • Tabelinha
    • Terra do sol
    • Veredas
  • Contribua
  • Colunistas
  • Contato

Luís Araujo Pereira em Florações Professor e escritor | Publicado em 19 de janeiro de 2020

Luís Araujo Pereira
Professor e escritor
19/01/2020 em Florações

  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Google +
  • Compartilhar no WhatsApp
← Voltar

Cinco poemas de Mazinho Souza

[Curadoria de Luís Araujo Pereira]

[1]

Marielle

avante

não há mais tempo

para tranquilidade

nem para muita doçura

meu bem

 

fomos pegos em flagrante

transportando pele escura

• • •

 

[2]

novas platônicas

para platão

alcançar a luz

é elevar-se

da caverna

 

(aquém da sombra

que devasta)

 

veja bem, meu bem:

à sabedoria

de um morcego

o breu já basta

• • •

 

[3]

Constituinte

tempo não se decifra

em calendários

rumos não se edificam

em travessias

 

é mais por incertezas

que por conclusões

que se compõe um sábio

 

nem todo caminho é um destino

fome jamais pede cardápio

 

se a vida for este contrato

não assino

• • •

 

[4]

coisas que nunca fiz

perfurar tempestades

provocar terremotos

rasgar o sol da cidade

penetrar o céu do mundo

 

tenho esta pele preta

mas não é de chumbo

• • •

 

[5]

vidas secas

ninguém dorme sorrindo

exceto minha mãe

que conta causos para os sonhos

 

só minha mãe consegue

fantasiar o vazio

 

coloca sabor na vida

quando elabora o tempero

da comida que falta

 

como se colocasse um barquinho

em um rio que secou

 

a fome da madrugada

se mata dormindo, camarada.

Perfil

Mazinho Souza nasceu em Aparecida de Goiânia (GO), em 1992. Colaborou com diversas antologias e jornais. Estreou em livro individual com cobra criada, pela martelo casa editorial (2019). É graduando em Filosofia (UFG), pesquisando as estruturas linguísticas nas obras de Nietzsche, e membro fundador do selo literário Goiânia Clandestina (2014), idealizando festivais literários e editando publicações, como  Antologia Clandestina (2017). Como arte-educador promove oficinas de escrita, leitura e pensamento filosófico com jovens e crianças na periferia de sua cidade, colaborando especialmente no ponto de cultura Cidade Livre, onde realiza pesquisa com os povos periféricos.

Tag's: cobra criada, martelo casa editorial, Mazinho Souza, poesia, poesia goiana

  • Ferocidade e lucidez – o desencantamento do mundo de Pierre Bourdieu

    por Gilberto G. Pereira em Veredas

  • Na calçada

    por Luís Araujo Pereira em Espirais

  • A arte musical do bate-papo

    por Roberto Mello em Aboios

  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no Google +
  • Compartilhar no WhatsApp

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Deixe um comentário (cancelar resposta)

O seu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

ERMIRA
  • Instagram
  • Facebook
  • YouTube
  • Twitter